O governo do Rio Grande do Sul anunciou uma medida de saúde pública em resposta às enchentes que assolaram o estado, afetando milhares de pessoas. Todos os indivíduos com mais de seis meses de idade que foram acolhidos em abrigos devido às enchentes serão imunizados contra a gripe.
A ação emergencial tem como objetivo proteger a população vulnerável, especialmente aqueles que enfrentam condições precárias de saneamento e higiene durante o deslocamento forçado.
De acordo com dados da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, cerca de 76.580 pessoas foram alojadas em abrigos, espalhados por 103 municípios do estado. O governo estadual está empenhado em alcançar toda essa população alvo até a próxima segunda-feira, garantindo a rápida implementação das vacinas.
Além da imunização contra a gripe, uma nota técnica do Ministério da Saúde irá orientar sobre outras medidas de vacinação nas áreas afetadas pelas enchentes. Isso inclui esquemas de vacinação contra hepatite A, tétano e raiva humana, visando prevenir a propagação de doenças adicionais em meio à crise das enchentes.
O governo estadual está coordenando um levantamento para identificar os municípios que necessitam de doses adicionais da vacina contra influenza.
Essas doses serão distribuídas através do fluxo logístico da Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos, garantindo o acesso equitativo à imunização em todo o estado.
A campanha de vacinação contra a gripe, que teve início em março, inicialmente focada em grupos prioritários, foi recentemente ampliada para incluir toda a população, utilizando as doses remanescentes.
Até o momento, 38% do público prioritário, composto por gestantes, puérperas, idosos, crianças e povos indígenas, foram vacinados em todo o estado, totalizando mais de 1,8 milhão de doses aplicadas.
Medidas de prevenção
O governo do Rio Grande do Sul também enfatiza a importância da prevenção de doenças infecciosas respiratórias, especialmente em ambientes fechados e com aglomeração de pessoas, como os abrigos temporários.
Medidas simples, como proteger a boca e o nariz ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto com as mãos após contato com superfícies e manter a higiene das mãos, são essenciais para reduzir o risco de infecção e proteger a saúde da população em situações de emergência como esta.