Na noite de quarta-feira (15), o mundo do esporte e da comunicação perdeu uma de suas figuras mais marcantes, Washington Rodrigues, carinhosamente conhecido como Apolinho.
Aos 87 anos, ele sucumbiu a uma batalha contra o câncer no fígado, enquanto estava internado no Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
A trajetória de Washington Rodrigues, nascido em 1º de setembro de 1936, começou na Rádio Guanabara, atualmente Rádio Bandeirantes, onde seu talento foi rapidamente reconhecido.
Sua incursão no mundo das transmissões esportivas foi um caso do destino, quando foi convidado a fornecer informações sobre futebol de salão, marcando assim o início de uma carreira lendária.
O ápice de sua carreira foi na Rádio Globo, onde sua parceria com Deni Menezes revolucionou a reportagem de campo. Foi lá que recebeu o apelido “Apolinho”, uma homenagem ao equipamento de transmissão que ele carregava, assemelhado às mochilas usadas pelos astronautas da missão Apollo 11.
Este apelido se tornou sinônimo de sua personalidade vibrante e seu comprometimento com o esporte.
Após anos na Globo, Washington fez história na Rádio Nacional, onde se destacou como comentarista esportivo e apresentador do popular programa “No Mundo da Bola”.
Sua habilidade em criar expressões populares e bordões emblemáticos o tornou uma figura querida entre os fãs de esportes, como os “geraldinos” e “arquibaldos” do Maracanã, e suas famosas expressões “Mais feliz do que pinto no lixo” e “briga de cachorro grande”.
Além de sua notável carreira no rádio, Washington teve uma breve incursão como treinador do Flamengo em 1995, mostrando sua versatilidade e profundo amor pelo clube.
Morte de Apolinho
Sua partida coincidiu com um momento de triunfo para o Flamengo, que venceu o Bolívar por 4×0 em uma partida emocionante da Libertadores.
A notícia de sua morte foi anunciada durante o jogo, em um momento que encapsula a profundidade de sua conexão com o clube e o esporte em geral.
Homenagens
As homenagens ao legado de Washington Rodrigues inundaram as redes sociais, com o Flamengo destacando sua influência no futebol e além. Seu colega de transmissões, José Carlos Araújo, prestou uma homenagem emocionada, ressaltando a amizade que compartilhavam.
A voz de Luiz Penido, seu último parceiro de jornadas esportivas, tremeu de emoção ao anunciar sua partida durante a transmissão do jogo, destacando o impacto profundo que Apolinho teve não apenas no rádio, mas nos corações de todos os que tiveram o privilégio de conhecê-lo.
Washington Rodrigues, o Apolinho, deixa para trás um legado incomparável, moldando a forma como vivemos e amamos o esporte, e sua memória continuará viva nas transmissões, nos corações dos fãs e na história do rádio brasileiro. Que descanse em paz.