A menos de dez dias do início do 58º Festival de Parintins, os bois-bumbás Caprichoso e Garantido intensificaram os traslados finais das alegorias que serão utilizadas nas apresentações no Bumbódromo. As estruturas, produzidas ao longo dos últimos meses nos galpões de cada agremiação, estão sendo levadas para a Praça dos Bois, área de concentração das encenações.
Na terça (17) e quarta-feira (18), o entorno do Bumbódromo foi movimentado pelo transporte das obras cênicas. O deslocamento das alegorias envolve a participação de dezenas de trabalhadores responsáveis por empurrar e guiar as estruturas, em um processo que exige organização, força física e sincronia.
No Boi Caprichoso, os chamados paikicés conduzem os itens com apoio da equipe técnica e artística. De acordo com o coordenador Jofre Lima, o trabalho coletivo é determinante nesta etapa.
“É um trabalho muito importante dos paikicés, porque sem eles as alegorias não entram na concentração. São todos guerreiros, e dá para perceber aqui a dimensão das alegorias e a força de cada um deles”, afirmou.

Já no Boi Garantido, os kaçauerés enfrentam um trajeto de mais de dois quilômetros entre o galpão e a área de concentração. Apesar da distância, o processo ocorre dentro do previsto, segundo a coordenação do boi vermelho e branco.
“Estamos no oitavo dia de traslado e está dando tudo certo. As alegorias estão saindo corretamente e o trabalho deles é gigante, porque são apaixonados e não se importam se está chovendo ou fazendo sol”, afirmou o responsável pela equipe.

O Festival de Parintins é considerado um dos maiores eventos culturais da região Norte e terá início no fim de junho, reunindo milhares de pessoas no município localizado a cerca de 370 quilômetros de Manaus.