Uma adolescente e duas crianças foram dadas como desaparecidas em Manaus. A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio das Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), divulgou nesta quinta-feira (27), as identidades de Hanna Sophia Solart Ribeiro, 9, e Yuri Kalel Solart da Silva, 3, e Josiane Costa de Souza, de 14 anos.

Hanna e Yuri estão desaparecidos desde o dia 23 de outubro de 2024, enquanto Josiane desapareceu no dia 24 de janeiro, após sair de sua residência no bairro Lírio do Vale, zona oeste de Manaus.


A PC-AM reforça que, em casos de desaparecimento, não é necessário aguardar 24 horas para registrar a ocorrência. Os familiares podem procurar qualquer delegacia munidos de documentos pessoais e fornecer informações detalhadas, incluindo o último local onde a pessoa foi vista, características físicas e uma foto atualizada.
Como contatar
A Polícia Civil solicita a quem tiver informações sobre o paradeiro dos desaparecidos, que entre em contato pelos seguintes números: (92) 3667-7713, da Deops; (92) 99962-2441, da Depca; ou 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM).
Campanha
Nesta quarta-feira (26) foi lançada a segunda fase da campanha federal da busca de pessoas desaparecidas. Um esforço conjunto entre os ministérios da Saúde e do Desenvolvimento e Assistência Social, tem o objetivo de orientar profissionais de saúde a assistência social que trabalham em hospitais e entidades de longa permanência a como proceder caso atendam a pessoas impossibilitadas de se comunicar e cujas identidades sejam desconhecidas.
Diretriz
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a ideia é compartilhar diretrizes já adotadas no âmbito da segurança pública e, evitando que as pessoas atendidas no âmbito dos sistemas únicos de Saúde (SUS) e de Assistência Social (Suas) sejam atendidas e acolhidas sem terem sido devidamente identificadas.
A orientação é que, ao acolher alguém nessa situação, o gestor da instituição entre em contato com o ponto focal, ou seja, com o órgão ou profissional da segurança pública responsável por orientar adequadamente as unidades assistenciais e receber os pedidos de identificação.
Os contatos dos pontos focais de cada estado e do Distrito Federal estão disponíveis no site da mobilização.
Feito o pedido de identificação, uma equipe especializada se deslocará até a instituição requerente a fim de coletar as impressões digitais e fotografia da pessoa acolhida. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, essas informações serão posteriormente comparadas com os bancos de dados civis estaduais, distrital e nacional.
Caso a identificação seja bem-sucedida, a instituição será notificada e receberá as orientações necessárias para os encaminhamentos cabíveis.
Se a identidade não for confirmada por meio das impressões digitais, o próximo passo será coletar o material genético (DNA) da pessoa acolhida. As amostras genéticas serão analisadas e confrontadas com os bancos de dados estaduais, distrital e nacional, ampliando as chances de identificação e reunificação familiar.
Uma cartilha sobre os principais procedimentos a serem adotados e com os contatos dos órgãos federais participantes da mobilização será disponibilizada nos sites dos ministérios já citados.
Identificação Pós-Morte
A terceira e última etapa da mobilização nacional está prevista para ocorrer ainda em 2025 e terá como foco a pesquisa de impressões digitais de pessoas falecidas não identificadas armazenadas pelos estados e pelo Distrito Federal. Nessa fase, conhecida como análise do passivo, as impressões digitais serão comparadas com os registros existentes nos bancos de dados biométricos.
“Ao final destas três etapas, temos certeza de que vamos diminuir de modo muito significativo o número de pessoas desaparecidas, reconstruindo vínculos familiares, sociais, e retomando a cidadania e a dignidade destas pessoas hoje desaparecidas”, assegurou o secretário nacional de Segurança Pública.
Em 2024, mais de 70 mil pessoas desapareceram no Brasil. São homens, mulheres e crianças de todas as idades e diferentes classes sociais que saíram de casa, do serviço, da escola e nunca mais foram vistas por parentes ou amigos que, diante da falta de informações, tentam manter a esperança em meio à angústia, o medo e a um infundado sentimento de culpa.
Com informações: Agência Brasil