Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo/08-01-2023Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo/08-01-2023

Dois anos após os atos de depredação ao Palácio do Planalto em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 371 pessoas entre as mais de duas mil investigadas pelos eventos de 8 de janeiro de 2023.

O balanço, divulgado na última terça-feira (7) pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes , revela que 225 condenados cometeram crimes considerados graves. O Ministério Público Federal (MPF) responsabilizou outros 527 réus por ações mais leves e firmou acordos com eles.

As penas variam de 3 a 17 anos e 6 meses de prisão. Em 2023 , 2.172 pessoas foram presas em flagrante por envolvimento nos ataques aos prédios dos Três Poderes.

Foragidos

O levantamento aponta que 122 pessoas estão foragidas, e as autoridades solicitaram extradições internacionais para 61 delas. Muitas romperam tornozeleiras eletrônicas e deixaram o Brasil. Ao devolverem, deverá cumprir pena em regime fechado.

Crimes

As condenações abrangem crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito , golpe de Estado , dano qualificado , associação criminosa e privacidade de patrimônio público.

Crimes mais leves, como incitação e associação criminosa , resultaram em 146 condenações . Esses réus devem usar tornozeleiras eletrônicas por um ano, pagar multa, prestar 225 horas de serviços comunitários e participar de um curso presencial sobre democracia.

Além disso, estão proibidos de usar redes sociais e viajar sem autorização judicial durante esse período. Até o momento, cinco pessoas foram absolvidas.

Multas

Os 527 acusados ​​que fizeram acordos com o MPF pagaram multas que somaram R$ 1,7 milhão . Eles também devem prestar 150 horas de serviço comunitário e frequentar um curso sobre o funcionamento da democracia. Além disso, são proibidos manter perfis em redes sociais abertas durante a vigência do acordo.

Reintegração

Foto: Agência Brasil

Nesta quarta-feira (8), um ato promovido pelo Governo Federal, reintegrou ao ao acervo da Presidência da República 21 obras de artes vandalizadas pelos extremistas, que custaram aos cofres públicos R$ 2 milhões no restauro das obras.

Entre as obras recuperadas estão um relógio de pêndulo do século XVII, uma ânfora italiana em cerâmica esmaltada e o quadro “As Mulatas”, do pintor Di Cavalcanti.

  • Relógio de mesa, de Balthazar Martinot e André Boulle
  • Ânfora italiana em cerâmica esmaltada
  • Escultura O Flautista, de Bruno Giorgi
  • Escultura Vênus Apocalíptica Fragmentando-se, de Marta Minujín
  • Quadro com a pintura Mulatas, de Emiliano Di Cavalcanti
  • Quadro com pintura do retrato de Duque de Caxias, de Oswaldo Teixeira
  • Quadro representando galhos e sombras, de Frans Krajcberg
  • Quadro com a pintura Fachada Colonial Rosa com Toalha
  • Quadro com a pintura Casarios, de Dario Mecatti
  • Quadro com a pintura Cena de Café, de Clóvis Graciano
  • Quadro com a pintura Paisagem, de Armando Viana
  • Pintura de Glênio Bianchetti
  • Pintura de Glênio Bianchetti
  • Pintura de Glênio Bianchetti
  • Pintura de Glênio Bianchetti
  • Pintura de Glênio Bianchetti
  • Quadro com a pintura Matriz e Grade no primeiro plano, de Ivan Marquetti
  • Quadro Rosas e Brancos Suspensos, de José Paulo Moreira da Fonseca
  • Tela Cotstwold Town, de John Piper
  • Tela de Grauben do Monte Lima
  • Tela Bird, de Martin Bradley