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Um comunicado interno da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela um anúncio de cortes de custos e revisão de programas de saúde atendidos, após a decisão do ex-presidente Donald Trump de retirar os Estados Unidos da organização.

A informação foi divulgada pela Reuters, que teve acesso a um memorando emitido nesta quinta-feira (23). No comunicado, o diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, escreveu: “Este anúncio tornou nossa situação financeira mais difícil”.

Segundo a Reuters, o documento também destaca que a OMS planeja reduzir significativamente as despesas com viagens e interromper o recrutamento, exceto em áreas críticas, como parte das medidas de contenção de custos.

O memorando mencionava que a OMS já vinha trabalhando para reformar a organização e alterar sua forma de financiamento, com os estados-membros aumentando suas contribuições obrigatórias e aderindo à rodada de investimentos lançada no ano passado.

No entanto, o texto ressalta que mais financiamento será necessário e que cortes adicionais nos custos serão inevitáveis.

“Este conjunto de medidas não é abrangente, e outras serão anunciadas em momento oportuno”, afirma o memorando.

No primeiro dia de seu segundo mandato, Trump ordenou que as agências federais pausassem “futuras transferências de fundos, apoio ou recursos do governo dos EUA para a OMS”.

A saída dos EUA da organização representa uma perda significativa. Os Estados Unidos são, de longe, o maior financiador da OMS, contribuindo com cerca de 18% do orçamento geral. O orçamento bienal mais recente da OMS, para 2024-2025, foi de US$ 6,8 bilhões.

O que significa a saída dos EUA da organização?

A Organização Mundial da Saúde, fundada em 1948, é uma agência especializada em saúde subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU), com mais de 190 países-membros espalhados pelo mundo.

Seu principal objetivo é combater doenças transmissíveis, como gripe e HIV, e não transmissíveis, como câncer e distúrbios cardíacos. A organização também é responsável por ações de prevenção e vigilância global.

Especialistas alertam que a saída dos EUA pode enfraquecer as defesas mundiais contra novos surtos capazes de desencadear pandemias, além de reverter décadas de avanços no combate a doenças como malária, Aids e tuberculose.

A perda do financiamento norte-americano pode paralisar inúmeras iniciativas globais de saúde, incluindo os esforços para erradicar a poliomielite, programas de saúde materno-infantil e a pesquisa de novas ameaças virais. Isso representa uma consequência global significativa.

Além disso, a desconexão dos Estados Unidos de uma agência mundial de saúde pode limitar o acesso global a possíveis soluções desenvolvidas no país, dificultando a distribuição equitativa de tratamentos e vacinas em caso de novas crises sanitárias.

Com informações G1

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